Qual o futuro do mercado de crédito para o empresário brasileiro?
Desde 2017, anualmente, o Banco Central do Brasil publica o chamado Relatório de Economia Bancária, que permite analisar a evolução de importantes indicadores do Sistema Financeiro Nacional.
Em junho, foi publicado o REB de 2020. Por isso, no post de hoje trouxemos um estudo detalhado sobre o que o Relatório diz para o empresário, mostrando a evolução do crédito e falando sobre os programas emergenciais e a Taxa Básica de Juros, a concentração bancária, entre outras informações que são relevantes para o cenário econômico atual.
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A Evolução do Crédito
No começo do ano passado, os financiamentos para pessoa física impulsionavam o mercado, apresentando um crescimento de 11,9% registrado em 2019. Por outro lado, os empréstimos voltados para pessoa jurídica mantinham-se estabilizados.
Com a crise causada pela pandemia da Covid-19, houve uma expansão significativa no apoio financeiro direcionado a micro, pequenas e médias empresas, enquanto a taxa básica de juros apresentava redução. A alta demanda foi atendida, principalmente, por programas emergenciais como o Pronampe e o Peac.
De acordo com o Bacen, o volume total de financiamentos empresariais registrou um aumento de 21,8% em 2020, com crescimento de 21,2% nas modalidades de livre negociação, com destaque para as operações de capital de giro, e 22,8% no segmento direcionado, destacando-se as contratações realizadas dentro dos programas emergenciais.
Até o fim de 2021, espera-se crescimento no saldo de financiamentos em todos os segmentos. No caso das pessoas jurídicas, a projeção é de uma alta de 8% para as MPMEs.
Os Programas Emergenciais e a Taxa Básica de Juros
Em 2020 a Taxa Básica de Juros (SELIC) manteve-se, durante um longo período, a 2% ao ano. A mais baixa da história. Ainda assim, as linhas de Peac e Pronampe tiveram alta demanda, registrando um grande volume de contratações e impulsionando o aumento de concessões de empréstimos para empresas no segundo semestre.
Além de aumentar as operações em Capital de Giro em 63,9%, elevando os desembolsos do crédito livre às empresas em 4,2% nesse período, o baixo valor da Selic também contribuiu para a procura de crédito com Garantia de Imóvel.

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Concentração Bancária
De 2017 a 2019, o Relatório de Economia Bancária constatou uma redução da concentração no Sistema Financeiro Nacional (SFN), que manteve-se estável em 2020. Esse fenômeno tem sido objeto de discussão entre especialistas e reguladores, pois reflete mudanças importantes na estrutura do mercado financeiro brasileiro.
Em conformidade aos dados trazidos pelo Banco Central: “essa redução envolveu os segmentos bancário e não bancário e os três agregados contábeis considerados (ativo total, depósito total e operações de crédito)”. Tais mudanças indicam não apenas o impacto de políticas regulatórias, mas também o crescimento de novos players no mercado, como fintechs, que têm contribuído para aumentar a competição.
“A queda da fatia de mercado do Banco do Brasil (BB), da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi um fator importante para a redução da concentração no SFN. No conjunto, a participação desses três bancos nas operações de crédito caiu de 48,9% em 2018 para 42,8% em 2020”, afirmou a autoridade no Relatório. Isso ilustra uma tendência de redistribuição das operações de crédito entre diferentes instituições financeiras.
Porém, mesmo com a redução observada, os 5 grandes bancos do Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander) ainda detinham uma fatia significativa de mercado. Em 2020, esses bancos concentravam 81,8% das operações, contra 83,7% no ano anterior e 84,8% em 2018. Apesar da ligeira redução, a dominação desses gigantes financeiros continua evidente.
Além disso, é relevante observar o papel das fintechs e bancos digitais, que vêm ampliando sua presença no mercado. Esses novos entrantes têm oferecido produtos inovadores, taxas mais competitivas e maior acessibilidade, atraindo um público diverso, principalmente as gerações mais jovens. Assim, eles podem atuar como catalisadores de uma transformação ainda mais profunda no setor financeiro.
Outro ponto destacado no Relatório é a importância de iniciativas de educação financeira e de regulamentação mais inclusiva. Essas ações podem ajudar a garantir que a desconcentração do mercado beneficie diretamente os consumidores, promovendo um sistema financeiro mais eficiente, competitivo e justo.

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